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Manuela Porto

Manuela Porto

Nasceu em Lisboa em 1908. Foi atriz, escritora, jornalista, crítica de teatro, declamadora de poesia e tradutora portuguesa. Conhecida também pelo seu ativismo como defensora dos direitos da mulher e opositora do regime do Estado Novo em Portugal, Manuela Porto teve um papel fundamental na divulgação, em Portugal, por meio de suas traduções, de escritoras fundamentais da literatura mundial, entre as quais Louisa May Alcott, Anne Brönte, Elizabeth Gaskell, Hazel Goodwin, Katherine Mansfield e, sobretudo, Virginia Woolf. Ligada ao MUNAF (Movimento de Unidade Anti-Fascista), ao MUD (Movimento de Unidade Democrática) e à CEJAD (Comissão de Escritores, Jornalistas e Artistas Democráticos), Manuela Porto teve um papel importantíssimo na divulgação dos poetas da Presença e do Novo Cancioneiro. Escreveu dezenas de críticas sobre teatro, literaura e cinema, além de uma série de "retratos ilustres" (ensaios sobre mulheres notáveis), contos e um romance. Sua ficção é marcada pela preocupação social, o que a aproxima do ideário neorrealista, e suas críticas têm forte tom político. Suicidou-se em 07 de julho de 1950, em Lisboa, aos 42 anos.